Porque os ovos não deviam ser cozidos. Um ovo, para ficar perfeito, deve ser cozinhado ao vapor. E acabou. Não tenho mais nada para dizer. Adeus e até amanhã.
Nãaaaaaaa. Não pense que se livra de mim tão cedo. Primeiro, é preciso perorar um pouco sobre os benefícios do delicado vapor – e as desvantagens da abrutalhada cozedura. É como comparar a Maria João Bastos com o Pedro Boucherie Mendes. Não dá. E com o ovo passa-se a mesma coisa: a Maria João Bastos é o vapor e o Boucherie Mendes a cozedura. Não vale a pena perguntar qual dos dois é mais simpático, pois não?
Segundo o omnipotente Huffington Post, há vários motivos para optar pelo vapor. Em primeiro lugar, o facto de os ovos serem colocados numa rede, e não directamente na panela, torna mais improvável que a casca estale. Depois, o vapor vai cozê-los uniformemente e não os vai deixar a saltitar pela panela com as bolhas da água.
O método é simples: coloque dois centímetros de água numa panela e deixe levantar fervura. Ponha uma rede com os ovos lá dentro, sem os deixar tocar na água, e tape a panela. Ao fim de 6 minutos, estão com a clara cozida e a gema líquida. Ao fim de 11 minutos, está tudo cozido. Retire os ovos e mergulhe-os directamente em água com gelo: é o truque para tirar a casca rapidamente.
Ah, e tal, este Ele só arranja soluções complicadas: quem é que tem uma rede em casa para cozinhar os ovos ao vapor?! Não seja por isso. Se o vapor não lhe agrada, arranja-se já outra solução: coloque os ovos dentro de uma panela e cubra-os com água, deixando-os dois centímetros abaixo da superfície. Ligue o lume. Quando levantar fervura, desligue e tape a panela. Deixe-os assim durante 13 minutos. Nem um segundo a mais. A chef Anne Burrell garante que esta é a melhor técnica de cozedura que a Humanidade já conheceu.
Agora é escolher. Qual dos dois prefere? Eu cá escolho o vapor – e a Maria João Bastos, claro.
Um bom ovo cozido para si onde quer que esteja,
