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A receita secreta dos Pastéis de Belém

Descubra a origem da receita secreta dos pastéis de Belém. Uma iguaria tipicamente portuguesa que começa a conquistar o mundo e a chegar a países tão distantes como, por exemplo, a Rússia. São 177 anos de doces histórias, que começaram com um monge e acabaram na família Clarinha.

Os pastéis de Belém são uma marca de sucesso, como denunciam as filas à porta da Confeitaria de Belém, que dá emprego a 150 pessoas.

Por dia são vendidos mais de 20 mil pastéis, cuja receita é um segredo muito bem guardado… e cobiçado Não há crise que lhes azede o doce. De fornada atrás de fornada saem por dia mais de 20 mil pastéis de Belém.

Só no ano passado foram vendidos 7,1 milhões, o que corresponde a muitas toneladas de açúcar, farinha, ovos, leite e, claro, uma elevada facturação: 8 milhões de euros (valor bruto de 2013).

A todos estes números está associado um condimento – o segredo – que torna o pastel de Belém ainda mais especial e quase tão místico como a história do monge que, em 1837, terá vendido a receita. E não vale a pena tentar fazer igual. A história de 177 anos desta iguaria diz que ninguém consegue.

Não têm faltado tentativas para denunciar o segredo dos pastéis de Belém, desde episódios de espionagem industrial, receitas de alguns grandes chefs internacionais apresentadas como a verdadeira, a investigações de laboratórios gastronómicos de universidades estrangeiras. “É uma receita única, mas há muito misticismo à volta do segredo.

INGREDIENTES PARA A MASSA FOLHADA

  • 250g de farinha
  • 150g de margarina para folhados (à venda em lojas de pastelaria)
  • 50g de margarina vegetal
  • 2,5dl de água fria
  • 1 pitada de sal
  • Farinha para polvilhar q.b.

INGREDIENTES PARA O CREME

  • 60g de farinha
  • 500 ml de leite
  • 1 pedacinho de casca de limão
  • 1 pau de canela
  • 500g de açúcar
  • 2,5dl de água
  • 7 gemas de ovo

PREPARAÇÃO DA MASSA

  1. Numa superfície plana (bancada ou mesa) coloque 250g de farinha e abra uma cavidade ao centro da mesma. Deite nela uma pitada de sal e apenas de 125ml de água (coloque a restante água a pouco e pouco, mas só coloque toda se for necessário).
  2. Comece a misturar (enrolar) a farinha no centro com a água, amassando de dentro para fora. Amasse bem até ficar uma massa elástica e homogénea que se descola das mãos (se for necessário acrescente mais água ou farinha).
  3. Faça uma bola com a massa, dê um corte em formato de cruz e polvilhe-a com farinha. Coloque num recipiente tapado com um pano (coloque dentro do micro-ondas desligado) e deixe repousar por 30 minutos.
  4. Entretanto misture as duas margarinas (que devem estar amolecidas em temperatura ambiente) com o auxílio de um garfo e amasse-as bem com o mesmo (coloque um pedaço de uma margarina sobre o pedaço de outra e pressione com o garfo, esmagando-as e fundindo-as). Faça uma massa com as margarinas e divida-a em três pedaços iguais.
  5. Sobre uma superfície enfarinhada, estenda a massa que esteve a repousar com um rolo da massa até conseguir um rectângulo com espessura muito fina e lisa (3 mm).
  6. Muito ao de leve, e com uma espátula, coloque 1 das 3 partes da margarina (reserve os outros 2) sobre a massa e espalhe-a muito bem mas tendo o cuidado de não chegar ás bordas (deixe 0,5 cm da borda sem margarina).
  7. De seguida, dobre as abas da massa para dentro (como se fosse um livro) de modo a que elas se encontrem/fundam ao centro, unindo bem as pontas. Dobre novamente a massa, mas desta vez, una uma ponta à outra no sentido do comprimento.
  8. Estenda novamente a massa em forma de rectângulo e execute o mesmo procedimento que acabou de fazer, faça isto mais duas vezes, usando a restante margarina.
  9. Por último, torne a estender a massa com o rolo formando o rectângulo e, com as mãos, enrole no sentido do comprimento como se fosse um charuto e estique-a o máximo possível à medida que vai enrolando (isto no sentido do comprimento).
  10. Em seguida, corte o rolo de massa em pedaços de 3 cm (+/-) e coloque-os nas formas (que devem estar previamente untadas com margarina) com a parte cortada virada para cima.
  11. Com os polegares, comece a fazer pressão no centro da massa e espalhe-a até aos bordos de forma a que estes fiquem mais grossos, ficando a massa mais fininha no fundo, mas sem a romper (faça este processo molhando frequentemente os dedos em água fria, isto possibilitará uma melhor moldagem). Coloque as formas num tabuleiro de ir ao forno.

PREPARAÇÃO DO CREME

  1. Num tacho, desfaça 60g de farinha com um pouco de leite de modo a não criar grumos.
  2. À parte, ferva o leite restante com o pau de canela e o pedacinho da casca de limão. Deite este leite fervido, em fio e mexendo sempre, ao preparado de farinha. Mexa bem e dissolva toda a farinha.
  3. Leve a lume brando, mexendo sempre com uma colher de pau para não pegar. Assim que levantar fervura retire do lume. Reserve.
  4. Misture os 500g de açúcar com 2,5 dl de água e deixe ferver durante 3 minutos exactos.
  5. Após este tempo, retire do lume e misture ao preparado anterior, deixando-o cair em fio e mexendo bem.
  6. Com um passador coe bem a mistura e retire a casca de limão e o pau de canela. Deixe arrefecer completamente.
  7. Quando já estiver completamente frio (tem de estar mesmo frio), junte as gemas e mexa bem até obter um creme homogéneo. Reserve.

MONTAGEM

  1. Coloque o creme que reservou nas formas (já com a massa) mas não as encha completamente (deixe 2-3 milímetros).
  2. Leve a forno pré-aquecido nos 250ºC até ganharem umas manchinhas escuras no creme e a massa estar tostadinha. Depois de cozidos, desenforme (não espere que arrefeça completamente senão será mais difícil de desenformar).
  3. Sirva simples ou polvilhe com açúcar em pó e/ou canela.

Fontes: https://www.vortexmag.net/ http://www.receitasdeportugal.com/

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