🌻 Quem cresceu no Alentejo, como eu, sabe que a infância era repleta de aventuras e descobertas na vastidão da natureza. Uma das minhas recordações mais preciosas é a emocionante e divertida atividade de apanhar grilos! Permitam-me levar vocês em uma viagem pelo tempo, onde a simplicidade e a alegria eram os ingredientes principais.
🌾 Quando o sol brilhava e o calor envolvia as planícies alentejanas, nós, crianças, partíamos em busca dos grilos. Os campos ondulantes, repletos de ervas dançantes ao vento, eram o cenário perfeito para a nossa aventura. Armados com frascos de vidro e a curiosidade inata, adentrávamos na natureza com entusiasmo pulsante.
🦗 O som característico dos grilos ecoava pelos campos, chamando-nos para o desafio de encontrá-los. Seguíamos o som, esgueirando-nos entre os matagais, numa busca paciente e cuidadosa. Cada grilo capturado era uma pequena vitória, um tesouro a ser admirado. Observávamos sua beleza singular, suas patas ágeis e suas asas frágeis.
Para os apanhar, mijávamos no buraco. Às vezes saíam às arrecuas. Se não, usávamos a palhinha…
🌿 Sentíamos a brisa fresca acariciar nossos rostos, enquanto nos maravilhávamos com a diversidade de plantas e flores que embelezavam o caminho. Era uma sinfonia de cores e cheiros, uma verdadeira comunhão com a natureza. Os grilos eram apenas uma pequena parte desse ecossistema mágico, que nos ensinava lições de humildade e respeito.
💭 Mas essa atividade não era apenas sobre apanhar grilos. Era uma oportunidade de aprendizado e conexão com a vida. Observávamos os grilos saltando e cantando, compreendendo a importância de cada criatura no equilíbrio do mundo. Era um exercício de empatia e gratidão por todas as formas de vida que compartilhavam aquele espaço conosco.
🌟 Além disso, apanhar grilos também era uma forma de diversão e convívio entre amigos. Ríamos e competíamos para ver quem capturava mais grilos, celebrando cada captura com entusiasmo contagiante. Esses momentos de camaradagem fortaleciam os laços que nos uniam e criavam memórias que perduram até hoje.
🌻 O tempo passou, as responsabilidades aumentaram, e as brincadeiras de infância deram lugar a outras experiências. Mas essas recordações continuam vivas em meu coração, relembrando-me da importância de apreciar as pequenas maravilhas da vida, de conectar-se com a natureza e valorizar a simplicidade dos momentos compartilhados com aqueles que amamos.
🦗 Que essas palavras possam despertar em vocês a nostalgia de uma época mais tranquila e livre, em que apanhar grilos era sinônimo de alegria e descobertas. E, se tiverem a oportunidade, permitam-se voltar à natureza e reviver essas lembranças mágicas. O Alentejo continua a ser um lugar encantador, repleto de histórias por contar e momentos para serem vividos.
🌿 Vamos valorizar essas memórias e compartilhá-las com as gerações futuras, para que possam apreciar a beleza e a simplicidade da infância no Alentejo. E, quem sabe, talvez até apanhar grilos novamente, trazendo à tona sorrisos e emoções há muito tempo guardados.
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Créditos do artigo: Receitas da Tia Adelina
